AS CRIANÇAS VERDES

Banjos, Espanha agosto de 1887.
Camponeses que trabalhavam nas suas plantações viram quando de uma caverna próxima surgiram duas crianças muito assustadas, um menino e uma menina. Usavam roupas muito diferentes das deles e além de tudo possuíam os corpos esverdeados! Da mesma cor das folhas das árvores.
Falavam um idioma desconhecido, cujos vários especialistas chamados ao local não conseguiram identificar. O juiz de paz local, Dr Ricardo Calno, tentou inutilmente lavá-as com a finalidade de tirar a estranha coloração verde. Mas não se tratava de pintura e sim a cor natural de suas peles!!!
Elas tinham olhos acentuadamente amendoados, além de traços negróides. Recusavam qualquer tipo de alimento nosso, e somente com muito custo comeram algumas sementes de feijão-verde. O menino, muito debilitado morreu dentro de cinco dias.
A menina porém sobreviveu, chegou a viver por cinco anos. ficou sob a custódia do juiz de paz, fazendo alguns trabalhos domésticos. Aos poucos aprendeu um espanhol sofrível e conseguiu dizer que ela e o menino eram originários de um mundo subterrâneo, um mundo sem sol, onde havia um crepúsculo permanente!
Esse mundo estranho era separado por um enorme rio, que vinha por seu turno de uma outra terra distante e iluminada por um sol! A menina declarou que ambos foram sugados por um repentino turbilhão que as arrebatara e depositara na caverna em que foram encontradas.
Acha-se registrado no arquivo da prefeitura local, aquelas crianças verdes possuíam estatura de crianças normais. Suas roupas, quando foram encontradas, eram confeccionadas com uma espécie de tecido elástico e metalizado, inexistente naquela época em qualquer outro lugar do mundo! A cor esverdeada da menina, ao tomar contato com o nosso sol, foi-se enfraquecendo consideravelmente com o passar do tempo.